Cafona, cult, chique ou normal? Lantejoulas e assessórios de altíssimo glamour são o que incrementam o figurino dos que cantam, dançam e curtem o brega. O peso que a palavra 'brega' carrega consigo é tão assustador que se um dia você sair na rua e alguém falar: “como sua roupa é brega!”, imediatamente seu guarda-roupa será re-utilizado. Mas o que poucas pessoas sabem, é que o brega não se resume apenas a um estilo musical e sim a uma história cultural que percorre décadas e décadas de amor.
É notório o extremo exagero de cores e adereços na estética brega. Vamos começar pelos próprios cantores! O Rei, Reginaldo Rossi e suas camisas brilhantes, seus óculos apaixonantes e seus colares e anéis estonteantes. Falcão! E suas flores e suas cores que dão brilho e força às suas músicas apaixonadas. E claro, a musa das musas, Joelma! Atualmente ninguém mais investe em figurinos tão trabalhados e estilizados como a vocalista da Banda Calypso que atrai multidão de fãs onde passa.
Pode-se observar o ‘estilo brega’ também no figurino dos dançarinos. Seja tecno-brega, seja calypso, seja brega romântico, é fácil de identificar de qual gênero se trata. Autêntico! É o que mais determina essa irreverência investida em cores fortes e vibrantes.
Esqueçam os sapatinhos de salto alto, as roupinhas alternativas e modernas, pois o maior reflexo da “indústria cultural bregueira” também pode ser vista nos próprios shows. Para os rapazes o mais adequado seria a famosa ‘pochete’, o pente no bolso da camisa, o celular na cintura e aquela velha camisa xadrez com uma calça de cor forte, ou o xadrez com quadriculado (também vale), o importante é se sentir apaixonado. Para as moças sugiro colares coloridos, estampa de bichinho, flores e muitas flores, luvas, maquiagem impecável, grandes brincos e claro, muito glamour, luxo e riqueza.
Independente de ser ou não ser, independente de estar ou não estar em sintonia com a paixão e o amor que o brega pode nos proporcionar, o ideal é que nós nos desprendamos que qualquer estereótipos ou termo pejorativo que se associe com o brega, porque afinal de contas, o amor, a paixão e a luxúria é para todos!
A doméstica Eline Alexandra, de 48 anos, diz que ser brega é ser moderna e ser moderna é ser chique! “eu me visto do jeito que eu quero e me sinto linda. Quem me dera ter dinheiro pra um dia fazer uma roupa como a de Joelma. Enquanto eu não posso, me viro com o que tenho”, afirma Eline.
Já o desing André Fantine, freqüentador assíduo do Brega Naite, diz que a roupa brega é mias uma junção de peças que não combina em forma e não em cores. Mas enquanto ao seu figurino para ir ao Brega Naite conclui: “eu acho é que o brega é brega independente do local”.
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